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Falta de saneamento afeta 75% dos que ganham até um salário mínimo no Brasil

Além disso, 74,5% das pessoas sem conexão à rede de coleta de esgoto também possuem rendimento mensal abaixo de um salário mínimo.

Fábio Wellington de Morais

04 de julho de 2024 às 22:26


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A Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon-Sindcon) divulgou nesta quinta-feira (4) um levantamento que destaca a situação dos mais pobres no Brasil em relação à falta de saneamento básico. O estudo, intitulado Panorama da Participação Privada no Saneamento, revela que 75,3% das pessoas sem acesso à rede de água vivem com até um salário mínimo. Além disso, 74,5% das pessoas sem conexão à rede de coleta de esgoto também possuem rendimento mensal abaixo de um salário mínimo.

O levantamento aponta que a coleta de esgoto e o fornecimento de água atingem níveis superiores a 90% para indivíduos com renda superior a cinco salários mínimos. Segundo o marco legal do setor, a universalização do saneamento no Brasil está prevista para 2033.

“Após quatro anos em vigor, o Marco Legal do Saneamento já conseguiu incrementar investimentos e promover avanços importantes, mas ainda temos grandes desafios pela frente até a universalização dos serviços de água e esgoto até 2033. O saneamento precisa ser considerado uma prioridade nacional, inclusive no âmbito da reforma tributária”, afirmou a diretora executiva da Abcon-Sindcon, Christianne Dias.

Conforme a Abcon-Sindcon, o estudo enfatiza a necessidade de ações efetivas para garantir o acesso universal ao saneamento básico, especialmente para as populações mais vulneráveis. A falta de água potável e de serviços de esgoto afeta diretamente a saúde, a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico dessas comunidades.

Desde a implementação do Marco Legal do Saneamento em 2020, houve um aumento significativo nos investimentos no setor, mas os resultados ainda são insuficientes para atender à demanda da população mais pobre. A meta de universalização até 2033 exige um esforço contínuo e coordenado entre governo, setor privado e sociedade civil.

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