Nesta quinta-feira (20), às 17h50 no horário de Brasília, marca o início oficial do inverno no Hemisfério Sul. Este fenômeno é conhecido como solstício, onde a Terra atinge seu ponto mais distante em relação ao Sol, marcando a transição do outono para a estação mais fria do ano.

Segundo Thiago Gonçalves, astrônomo e diretor do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o solstício ocorre duas vezes ao ano, em junho e dezembro, devido à inclinação do eixo da Terra. "Após seis meses, a Terra está do outro lado do Sol e, com essa inclinação, é o outro lado que estará virado para o Sol", explica Gonçalves.

 

Inverno no Brasil / Foto: Agência Brasil

Durante o solstício de inverno, o Hemisfério Sul recebe menos incidência solar, resultando na noite mais longa do ano. Esse período marca um contraste significativo com o Hemisfério Norte, onde começa o verão.

Além do solstício, há também o equinócio, ocorrendo em março e setembro, quando os dias e noites têm duração igual e ambos os hemisférios são igualmente iluminados, conforme explica o astrônomo.

As mudanças observadas na temperatura e vegetação ao longo do ano são influenciadas pela quantidade de luz solar que cada região recebe. Regiões próximas à Linha do Equador, como o Norte e o Nordeste brasileiro, experimentam menos variações sazonais, enquanto os extremos como os Polos Sul e Norte são mais afetados pela inclinação da Terra em relação ao Sol.

Para ajustar o calendário anualmente, considerando os 365 dias, 48 minutos e 46 segundos que compõem um ciclo completo até o próximo solstício de inverno, é necessário um ano bissexto a cada quatro anos, somando 366 dias.

Com o início do inverno, as expectativas se voltam para as características únicas desta estação, que influenciam desde o clima até os padrões de floração e crescimento vegetativo em diversas partes do globo.