O Brasil encerrou o mês de maio com um saldo positivo de 131.811 novos empregos com carteira assinada, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Esse resultado é fruto de 2.116.326 admissões contra 1.984.515 desligamentos.
No entanto, o panorama foi diferente no Rio Grande do Sul, que enfrentou sérias dificuldades devido às enchentes ocorridas no mesmo período. O estado registrou uma queda significativa de 22.180 empregos formais, afetando todos os setores econômicos. Um total de 358 municípios gaúchos apresentaram saldo negativo na geração de postos de trabalho.
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a reconstrução após as enchentes pode ser um ponto de virada para a recuperação econômica no estado. "Estamos monitorando de perto o Rio Grande do Sul e acreditamos que, com o início das obras de reconstrução civil, tanto habitacional quanto de infraestrutura pública, a economia local poderá começar a se reerguer e voltar a gerar números positivos, possivelmente a partir de agosto", destacou o ministro.
No contexto nacional, todos os cinco principais setores econômicos apresentaram saldo positivo em maio. O setor de Serviços liderou a geração de novos empregos, com 69.309 vagas criadas, seguido pela Agropecuária, com 19.836 postos, Construção Civil, com 18.149, Indústria, com 18.145, e Comércio, com 6.375 novos empregos.
O estoque total de vínculos celetistas ativos alcançou 46.606.230 em maio, representando um aumento de 0,28% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano até maio de 2024, o saldo de empregos foi de 1.088.955, resultado de 11.038.628 admissões e 9.949.673 desligamentos. Nos últimos 12 meses, de junho de 2023 a maio de 2024, o saldo foi de 1.674.775 empregos, com 24.292.000 admissões e 22.617.225 desligamentos.
O desafio agora é consolidar e fortalecer essa tendência de recuperação econômica em todo o país, especialmente nas regiões que enfrentaram adversidades como as enchentes no Rio Grande do Sul. A expectativa é que medidas de reconstrução e investimentos públicos possam impulsionar a criação de empregos e a retomada do crescimento econômico em áreas afetadas.